Alertado, sintonizei a Rádio Renascença (RR) neste Domingo 2º da Quaresma, para, em silêncio seguir a missa dominical em Vale de Figueira. A curiosidade e o afecto de ouvir o celebrante foram os motivos que me levaram a esta pausa dominical.
Como toda a gente se lembra, do Pico saiu, há já alguns anos, por motivos sobejamente conhecidos, o Padre Luciano Oliveira. Nos arredores de Santarém foram-lhe entregues as comunidades de Vale de Figueira, Póvoa de Santarém e Alcanhões. Em todas desenvolve a sua actividade, perfeitamente inserido na Igreja Diocesana de Santarém, nas actividades religiosas, sociais e culturais. Ainda há pouco por lá passámos e disso nos apercebemos.
Pois, neste domingo, 2º da Quaresma, domingo da Transfiguração do Senhor, a missa dominical escolhida pela Rádio Renascença para sua transmissão programática foi a Missa de Vale de Figueira, celebrada pelo P. Luciano Oliveira.
Por essa razão, pelo afecto e pela simpatia que deixou nesta terra, elaborei este apontamento semanal.
Não para ferir susceptibilidades dos tempos passados, mas apenas e só para lembrar a solidariedade cristã que continua, pelo trabalho que fez e pistas que indicou. E dizer, abertamente, que, por momentos, sentimos a presença do homem da Igreja que as circunstâncias congeminadas de então obrigaram a sair da Ilha que muito o respeitou.
Gostámos de ouvir a saudação inicial através da Rádio Montanha: “…Uma saudação especial para todos, sobretudo para a minha querida Ilha do Pico que nos segue através da Rádio Montanha”.
Para nós picoenses, não muitos, esta transmissão radiofónica, talvez tenha contribuído para menos presenças nas igrejas e naquele Domingo. Foram, todavia, compensadas por mais atenção e concentração. Nada mais do que isso.
Faz bem lembrar ressonâncias que dificilmente esquecem, sobretudo naqueles que bem conheceram o Padre Luciano e com ele conviveram, quer no Sul quer no Norte da Ilha.
Os mensageiros, embora instrumentos, também são garantia da eficácia da mensagem. Se bons, a mensagem passa. Se maus, não passa. É um dado reconhecido por todos. Não há que ter medo de o dizer e apregoar, seja a quem for.
Para o Padre Luciano Oliveira, a continuação de bom e proveitoso trabalho por terras do Ribatejo.
Manuel Emílio Porto (altodoscedros.blogspot.com)