Todas as ideias são o que são, e esta pode ser uma delas. Todavia não deixo de a colocar. Ela aí vai.
Dentro de dias uma nova homenagem será prestada ao Patriarca Alvernaz na sua terra natal. Desta vez com a apresentação pública da sua biografia, escrita por uma sua conterrânea - Maria Guiomar Lima.
Sem adiantar o dia nem a hora – o que será feito pelos canais competentes – acho oportuno evocar memórias, que ainda perduram nas mentes de muitos residentes ou não na Ribeirinha do Pico.
O Patriarca, sempre que passava algum tempo na Baixa, na sua adega, celebrava na Ermida de São Pedro, ao lado. Coincidiu muita vez com a festa de São Pedro ou Senhora da Boa Viagem. Alguma vez aconteceu – não recordo quantas – a missa festiva, celebrada por ele, ser no adro, em frente à porta principal, virada para o povo com o canal em frente. A assembleia estendia-se por todo o caminho e adro à volta. Quase em multidão.
Esta é uma imagem que retenho e que nunca mais esqueci. Como esta haverá muitas outras na igreja paroquial de Santo Antão.
Vai agora a ideia que levantei. Certamente haverá muitas pessoas, da Ribeirinha e sobretudo na América, que terão consigo memórias fotográficas desses tempos.
Ora bem. Aqui vai então o desejo final: um apelo à disponibilização de fotografias, a título de empréstimo. Que seriam recolhidas, depois seleccionadas, digitalizadas e emolduradas. Seriam escolhidas apenas quatro.
Finalmente, colocadas em exposição permanente nas paredes laterais do interior da Ermida de São Pedro, a pequena Ermida onde o Patriarca celebrava, partilhando parte da sua vida com os seus conterrâneos.
Dentro de dias a sua memória fica mais viva. Em livro. Quem o adquirir, a cada momento o pode ter na sua frente. Lendo, recordando.
E, caso seja viável a ideia que hoje levanto, quando alguém for à Ermida, ou lá entrar, também o pode ver, ligado à História daquela pequenina casa de São Pedro, primeiro Papa da Igreja. No Patriarca cumpriu-se o sinal sonoro do Vaticano, ouvido em todo o mundo: Cristus vincit, Cristus regnat, Cristus imperat.
Depois do busto da sua imagem, erecto ainda em vida, é agora a biografia. Ambos da iniciativa dos seus conterrâneos, o segundo da autoria de uma ex- aluna em Angra do Heroismo. As formas mais carinhosas de homenagear os entes queridos.
escrito na ortografia antiga
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