quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Obras quase acabadas... obras começadas

Adiantadas estão as obras da Filarmónica União Musical da Piedade. Começaram as obras da nova Escola. Dois investimentos que vão ao encontro da importância da zona da Ilha, virada a nascente – Ponta da Ilha.
        Da Filarmónica já muito se terá dito e escrito. Mais se irá dizer, estamos convencidos. A freguesia da Piedade tem figuras suficientemente habilitadas que a amam e que não deixarão de o fazer. Sobretudo nos tempos próximos, promissores de melhor qualidade de vida, apesar de toda a espécie de crise que possa surgir.
Num apontamento desta natureza – que se impõe de breve – voltamo-nos para quantos, aquele edifício se destina, isto é, para toda a juventude. Ali encontra o seu ninho, o seu aconchego de aprender a ouvir o som, repetindo-o sempre e sempre mais com afecto e força interior. É a sua “Casa da Música”.
        A Filarmónica da Piedade é um pouco mais nova do que nós. Não sei quanto anos, mas temos ainda na memória um dos primeiros concertos que realizou. Foi por São Pedro, num palco improvisado, como era costume naquele tempo, feito com estacas num curral de vinha, lugar onde hoje se encontra o Salão da Baixa. O tema que ainda retenho no ouvido, dirigido pelo Manuel Racha, foi o “Cantigas da Rua, à noite o luar”. O homem do bombo era uma alegria dos rapazes pequenos: tocava no bombo e no prato, numa agilidade de circo. O maço dava voltas e mais voltas. Era um regalo. Aquilo ressoava por todos os lados!
        Pois, a Filarmónica da Piedade vê aproximar-se o dia da sua nova sede social. Uma obra, na sequência de outras feitas nesta ilha, que vem enriquecer as estruturas fundamentais para o ensino da música e do seu desenvolvimento.
 Hoje, as filarmónicas são um privilégio. E os privilégios cuidam-se, estimam-se, desenvolvem-se, dão frutos saborosos. É o que se espera dos seus sócios espalhados pela freguesia da Piedade e talvez por outros lugares.
        Das execuções musicais temos recordações. Umas menos boas, decorrentes da falta de preparação. Fruto dos primeiros tempos, dos primeiros passos que se dão. Nem sempre o equilíbrio aparece quando agente quer. Vem mais tarde, com a experiência.
Temos outras recordações bastante agradáveis, e que hoje são orgulho das gentes da Ponta da Ilha. Sobretudo dos últimos tempos. As novas gerações têm demonstrado a qualidade que se requer e que o público exige. As escolas públicas deram o seu contributo.
Levantamos aqui uma ideia – gravar e ditar em CD um repertório, no ano da inauguração da sua nova sede social. Nem que seja apenas com meia dúzia de números. Uma ideia, que não é mais do que isso, e que aqui deixo antes de falar com alguém. Os responsáveis saberão se tem ou não cabimento.
        Uma outra obra, quase ao lado da anterior, que nasce, é a Escola, uma obra do governo dos Açores. O movimento de terras é a imagem que surge a quem passa ou a quem se detém por instantes.
        Também aqui, os destinatários são os jovens da Ponta da Ilha, na sua forma mais abrangente – Piedade, Ribeirinha e Calheta.
        Neste momento, só nos apetece apontar aqueles que um dia irão usufruir dos benefícios desta Escola – alunos e encarregados de educação. O acompanhamento de proximidade é fundamental no processo educativo. Alunos e encarregados de educação, nos tempos próximos, não sentirão os afastamentos, que outros no passado sentiram.
        Para concluir este apontamento não deixamos de referir o núcleo promocional da Piedade, cada vez mais concentrado – Igreja, Escola e Filarmónica. São entidades públicas muito próximas. Uma vantagem para as sempre desejadas cooperações. É um pormenor benéfico que se mantém, agora bastante melhorado, para o sucesso dos desejos colectivos.
        Foram pontos de vista. Aqui os deixamos aos leitores de toda a ilha, sobretudo aos que desejam e lutam pelo bem-estar das populações.