sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Ridendo castigat mores...

“A coisa
Procurava identificar o ponto crítico de cada fenómeno”. (Marco Gomes, in A União de 22.11.11)

O ponto crítico de cada fenómeno será a coisa.
Ora bem. Poucos se preocupam com a definição de coisa. Coisa pode ser um pouco de tudo, geralmente no singular, bem definida, concreta: Aquela coisa, esta coisa, outra coisa. Ou no plural: aquelas coisas, estas coisas, outras coisas.
 O ponto crítico de um fenómeno depende da natureza do próprio fenómeno. Se for uma granada de mão, o ponto crítico será quando ela rebentar. E a explosão será a coisa.
Mas olhemos para a outra banda da coisa. Mudemos o termo coisa, que é feminino, para o masculino. Logo teremos o coiso. E aqui, o termo torna-se fosco, manhoso. O coiso já não é tão universal como a coisa. Não se diz este coiso, aquele coiso, outro coiso…Também não diz estes coisos, aqueles coisos, outros coisos. O coiso é quase um ente abstracto, embora a sua presença seja uma realidade insofismável.
Não é, pois, um ente mental. É real. E vive ao lado da coisa. E a sua função é provocá-la.
 Quando se provocam explodem. Está encontrado o ponto crítico, que se chama simplesmente A COISA.
Está assim feita a análise de uma afirmação que parecia complicadíssima de entender. Afinal, uma coisa tão simples.
E.Porto