O nosso D. José Policarpo, Cardeal Patriarca de Lisboa, também faz, como lhe compete, os seus comentários, merecedores, como também é óbvio, de outros comentários. O senhor cardeal fez o seguinte comentário:
“Nenhum político deixa a política de mãos limpas”. Este comentário revela que todos os políticos são maus políticos. Ora, não será bem assim. O senhor Cardeal sabe, melhor do que ninguém, que o político se ocupa das coisas do bem público. Se algum político não faz como devia, é outra questão. Há políticos que saem de mãos limpas.
O mesmo se poderia dizer dos padres que ele fez e nomeou: “Todos eles tem as mão limpas nos compromissos que assumiram? Quantos também andam de mãos sujas?
Responder desta forma não é anti-clericalismo. É a verdade que a tradição demonstra. E cada vez mais o vem demonstrando.
Há bons e maus políticos e há bons e maus padres.
Para ambos há éticas comuns e específicas. Os fracassos e as virtudes são comuns aos dois.
O senhor Cardeal Patriarca sabe muito bem, e melhor do que ninguém, que estas coisas são assim.
Deve ser da velhice…